Família, prostituição e dinheiro ...
“Não pretendemos nos referir à família
somente no sentido de aferir-lhe a responsabilidade no fenômeno da prostituição
de adolescentes, é preciso tecê-la enquanto uma instituição dinâmica, ausente
de posturas e relações estáticas, enaltecendo sua diversidade que podem vir a
ser possibilidades
de uma
melhor qualidade de vida, porém em contrapartida estarmos atentos para o que
também poderiam ser situações e aspectos desestruturados das potencialidades na
evolução da instituição familiar, bem como de seus membros.
As profundas transformações que vem sofrendo
as famílias e que têm provocado mudanças nos papéis, valores e cotidiano
familiares, torna-se importante não culpabilizá-las, pois o momento social,
cultural, econômico e político que vivemos, deixam-nas sozinhas diante da
imensa e difícil tarefa
de
sustentar, criar e educar seus filhos, sem que tenham a mínima retaguarda que possam
estruturá-las diante das situações de adversidades que as permeiam.”
“A pobreza não é o único determinante da
violência estrutural dessas famílias, mas em suas raízes encontramos um
processo de fragilização social e situações adversas, que condicionam a
privação de alimentação, moradia, proteção, escola e acentuadas relações de
violência intrafamiliares, bem
como facilitadas pelo
uso e o comércio de drogas ilícitas, pelo alcoolismo, promiscuidade, desemprego
e pela frustração social dos seus membros, no cotidiano da sociedade.”
“Com relação ao sexo, observamos que a
criança/adolescente/mulher se apresentam como a vítima mais frequente. As
crianças e adolescentes acabam sofrendo os impactos desse processo, sendo
feridas em seu processo de
desenvolvimento, com
ruptura de vivências que beneficiariam a promoção à saúde.”
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